"No Céu do meu, do seu...do nosso Brasil! Estrela Guia festeja o orgulho de ser brasileiro!"
“...Esse coqueiro que dá coco
Oi! Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...”
Oi! Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...”
Festejando,
sambando e seguindo a canção, após
Índios, Brancos e Negros; Formou-se de um grito ”Terra à Vista” o povo
Brasileiro. Terra de Oxente, Uai, Trêm
Bão, Tchê, Bah, Arri-égua, Manos e Minas, tá ligado?! Multicultural, modesto, lúdico e encantador...
Embarquemos nessa viagem maluca desvendando o maravilhoso mundo da cultura
popular!
Culturalmente
diversificado, o resultado só poderia ser uma miscigenação, a qual promoveu uma
grande riqueza. Por esse motivo, encontramos inúmeras manifestações, costumes, pratos
típicos e flora-fauna em constante harmonia.
Dividido
em Estados e Regiões, a regionalização proposta em 1969 foi elaborada pelo
IBGE, e sua implantação vigorou no ano seguinte. Para consolidar a divisão do
País, tendo como base os aspectos naturais, embora tenha levado em conta os
fatores humanos ao formar o Sudeste. Foram criadas as regiões Sul, Sudeste,
Centro-oeste, Norte e Nordeste. Mas não se pode mensurar o real valor de uma
nação somente pela divisão geográfica, afinal a diversidade cultural transcende
os limites de Regiões, Estados e Cidades.
"Eu
não achava graça no que se escrevia por aqui. Era tudo na base do 'alto
gabarito'. Eu achava graça mais era no trivial cotidiano. Comecei a fazer
rodapés, 'ronda da noite', acompanhava a cavalo a ronda policial e ia descrever
o que via, pileques e prostitutas, brigas e trapaças. O escândalo maior era ser
feito por um menino rico. Depois, vieram naturalmente coisas como a Festa dos
Reis Magos. Tanta coisa que Mário de Andrade não podia compreender. Pensava que
eu tinha sido levado à cultura popular pela erudição. Mentira. A cultura
popular é que me levou a esta."(Luis da Câmara Cascudo)
Câmara Cascudo escreveu “O Dicionário do Folclore Brasileiro”, e
nos relatou com orgulho e entusiasmo passo a passo de todos os festejos
populares de nosso país. Com destaque para as comemorações ligadas a religião,
entre elas as homenagem a Santo Antônio, São Pedro e São João; a sanfona
comanda o rastapé e dá o ritmo às
competições das quadrilhas em quermesses espalhadas por este mundão afora.
Seguinte ao Natal, a Folia dos Reis retrata a viagem dos três Reis
Magos à Belém, devido ao Nascimento de Jesus, e a Festa do Divino (sete semanas
após a Páscoa) comemorando a vinda do Espírito Santo aos apóstolos com muita alegria
anunciando a Cavalhada, representada
pela disputa entre mouros e cristãos, onde os vencedores assistem a conversão
através do batizado. Ocorrida outrora no século XVI em solo Africano, renasce
na crença maranhense no mítico rei transformado em Touro Negro e seu castelo
submerso.
Festeiro, esse povo canta e agiganta minha terra: tem bumba meu
boi-bumbá, festa de Iemanjá, das uvas e das flores e mais acolá congada, maracatu, tambor de mina e tradições brejeiras,
sertanejas, urbanas e atemporais; Como o carnaval, considerado uma festa
profana, sendo um dos mais lembrados e o que mais atrai turistas durante o mês
de fevereiro. De origem européia, a
festa recebeu a influência da música africana, também comemorada em salões com
grandes bailes à fantasia, blocos adentrando a madrugada e varrendo as cinzas da quarta-feira, trios elétricos
arrastando multidões e nos sambódromos, como os do Rio de Janeiro e São Paulo, apresentando
o que muitos chamam de “O maior Espetáculo da Terra”, no qual pobre se fantasia
de rico, garis brincam como passistas, homem
vira lobisomem e mulatas requebrando pra
ninguém botar defeito; Sem contar o Réveillon nos litorais, repleto de
costumes, superstições e fogos de artifício...
Que salpicam pelo azul deste rincão tropical na essência, causos de tirar o chapéu: tem negrinho pastor;
de uma perna só, serpente encantada, bicho soltando fogo pelas venta, peixe virando moço bonito, simpatias, amuletos,
imagens de proteção e outras estórias que passam de pai para filho, desafiando
o tempo e o imaginário dessa gente...
Na homenagem que a Estrala Guia faz a esse Brasil Brasileiro, Branco, Índio, Negro e Mulato Inzoneiro; Do
Samba ao Frevo, passando pelo forró e pela Folia de Nobres, Pobres, Mendigos e
Reis, da “Pátria Amada Idolatrada Mãe Gentil”! Vem provar que é bom demais, o sabor da nossa terra que nos satisfaz,
gostoso é o tempero que mainha faz.
Braulio Malheiro
CARNAVALESCO
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